A tarifa de energia é composta por diversos elementos.
A geração da energia é apenas um deles, e em média corresponde apenas a 30% do valor final pago pelos consumidores.
Além da geração de energia, a tarifa engloba os custos com a transmissão e distribuição da energia, encargos setoriais e impostos.
Este último, como é de se esperar, corresponde à maior parcela do valor pago pelos consumidores – cerca de 37% do valor final da conta.
Além disso, como os pontos de geração e consumo estão muitas vezes separados por grandes distâncias, existe a necessidade de longas linhas de transmissão. Além das perdas técnicas que essa distância impõe ao sistema, os investimentos em ampliação e manutenção de toda essa infraestrutura é repassado aos consumidores.
As distribuidoras são responsáveis apenas pela parte final da cadeia de valor da energia. Elas repassam aos consumidores o valor da aquisição da energia e também da transmissão até o seu sistema. Esses valores são determinados pela ANEEL, que aprova a tarifa básica sem impostos para cada distribuidora. Por sua vez, as distribuidoras adicionam os seus próprios custos, bem como outros encargos setoriais e impostos, compondo a tarifa final.
A a tarifa cobrada pela concessionária também pode variar de acordo com mudanças nas bandeiras tarifárias, que servem para refletir o custo incremental de se utilizar usinas termelétricas nos períodos de pouca chuva.
Por isso, o valor da tarifa de energia muda consideravelmente dependendo da região do Brasil e da modalidade de consumo: se rural, residencial, comercial ou industrial. Os consumidores residenciais são os que têm a tarifa mais cara dentre as diferentes classes de consumo.
Por outro lado, a tarifa mais baixa é a rural (desconsiderando tarifas subsidiadas de baixa renda).
A DENE Geração Local Residencial foca nos consumidores residenciais por serem os que pagam mais caro e são também os que mais podem se beneficiar proporcionalmente com medidas de economia de energia.