Perguntas mais frequentes sobre Linux

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FAQ do GNU/Linux

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Perguntas e Respostas

1) O que é “Linux”?

É o fruto do acaso, pois juntou os esforços de um grupo de hackers que pregava a liberdade de uso do software em geral com os de um estudante finlandês que desenvolveu um kernel, a peça responsável pela comunicação entre o software e o hardware.

A maior parte do “Sistema Operacional GNU/Linux” (o nome correto e completo) vem do “Projeto GNU” (do grupo de hackers, portanto), mas a parte fundamental é o “Kernel Linux”, desenvolvido por Linus Torvalds, o citado estudante finlandês (Linus -> Linux Kernel).

Por isso o nome comum do SO geralmente “esquece” a participação majoritária do Projeto GNU, fazendo com o que seja conhecido como “apenas” Linux.

2) O que é uma “distro”?

O SO GNU/Linux é “distribuído” por vários grupos aos redor do mundo, todos eles com base e forte presença na internet. De “distribuído” temos “distribuição”, ou simplesmente “distro”, que nada mais é do que uma versão do “Sistema do Pinguim” (nome carinhoso), o GNU/Linux.

Temos “distros” comunitárias, a grande maioria (o “Projeto Debian”, cuja distribuição leva o mesmo nome, é o maior exemplo), “distros” patrocinadas (elas têm uma companhia por trás, sendo exemplos o Ubuntu, o Fedora e o openSUSE).

Temos também “distros” comerciais, vendidas em regime de OEM ou diretamente ao consumidor (o “Red Hat Enterprise Linux – RHEL”, seria o melhor exemplo).

O grande número de “distros” é o grande paradoxo do GNU/Linux já que, por um lado, enfatiza a liberdade de uso e a fluência de idéias que permitem o acelerado desenvolvimento do Sistema do Pinguim; por outro, confunde os possíveis utilizadores (qual Linux devo usar?) e dificulta a padronização que levaria a um maior interesse em desenvolver aplicações comerciais “fechadas” para GNU/Linux (não há, em princípio, incompatibilidade nisso).

3) Por que não preciso pagar pelo GNU/Linux?

Porque ele é a soma das ideias de muitos e existe apenas por isso. Desenvolvido colaborativamente, o SO GNU/Linux jamais poderia ser um produto na acepção mais comum da palavra, pois seria absolutamente inviável transformar os interesses que o criaram em interesses puramente comerciais. Ele é o resultado de esforço comunitário em prol da própria comunidade.

4) E como explicar as versões pagas?

Paga-se por suporte e não pelo SO GNU/Linux. E mesmo aqueles que desenvolvem versões “pagas” (vinculadas a um contrato de suporte) são obrigados a disponibilizar todo o código-fonte, o que garante clones perfeitos que são oferecidos sem vinculação ou obrigação (caso do CentOS, clone do Red Hat Enterprise Linux – RHEL).

5) O GNU/Linux pode ser usado por qualquer um?

Sim, pode. Basta um pequeno conhecimento de informática para utilizar o Sistema do Pinguim, pois o que antes era muito difícil de instalar e configurar, hoje é tão fácil quanto o sistema operacional dominante (o Windows).

É claro que ainda há espaço para melhorar e tais melhoras vêm quase na velocidade da luz. Com efeito, Ubuntu e Fedora, para citar duas “distros” populares, lançam versões novas a cada seis meses, quase sempre com maiores facilidades para o usuário final.

6) O GNU/Linux é um bom Sistema Operacional, capaz de substituir o Windows no uso diário?

Sim, pois se o usuário edita textos, cria planilhas e apresentações, pode usar o gratuito OpenOffice.org (ou BrOffice.org no Brasil) para tanto. Aliás, muitos usuários do Windows e do OSX (Mac/Apple) usam essa mesma suíte de escritório.

Sendo o uso principal a navegação na internet, pode-se usar o Firefox (o segundo navegador mais usado no mundo), a estrela em ascensão Google Chrome ou mesmo o Opera, também conhecido da “outra” plataforma.

Para e-mail temos Thunderbird da Mozilla, ou os clientes dos principais ambientes gráficos (Evolution, no Gnome; K-mail, no KDE), que são outro show a parte quando se fala de Linux. Sim, é possível utilizar vários ambientes gráficos diferentes, sendo os dois mais conhecidos o KDE e o Gnome.

Temos também inúmeros softwares totalmente livres desenvolvidos para as mais variadas tarefas, como manipulação de imagens, desenho 2D e 3D, gerenciamento e criação de banco de dados, criação de diagramas e gráficos, servidores de conteúdo local ou remoto e muito mais.

Até mesmo jogar é possível, desde que não se queria os últimos lançamentos, já que esses quase sempre só funcionam na plataforma mais difundida.

7) O GNU/Linux é seguro?

Sim, talvez o SO GNU/Linux seja o mais seguro de todos, pois suporta encriptação de seus arquivos pessoais a partir da instalação e é praticamente imune a malware.

Quem usa GNU/Linux não precisa se preocupar com programas antivírus, que diminuem muito o desempenho do Windows, um SO que não prescinde desse tipo de proteção.

8) Se pode ser usado por qualquer um, é bom, não pega vírus, por que tão poucos o usam?

Aí que está a grande questão, cuja resposta não pode ser uma só.

Penso que muitos deixam de experimentar o GNU/Linux por medo, ou por comodismo. O medo vem da fama de ele ser um SO desenvolvido por e para hackers, verdadeiros magos da computação. O comodismo vem do fato de que em qualquer esquina se encontra um “técnico” em Windows, que instala um “piratão” básico em meia hora na máquina do usuário que já está acostumado com aquele SO.

Se a maioria dos usuários de computadores soubesse que nessa mesma meia hora eles mesmos podem instalar uma “distro”, e que essa mesma “distro” seria fácil de usar e de manter atualizada, além de muito segura e capaz de suprir as necessidades de mais de 90% dos usuários de computadores domésticos, talvez o Sistema do Pinguim fosse mais usado do que seus concorrentes.

E a maioria não sabe porque o Linux não faz propaganda, não faz marketing. Conhecem o Linux, mas de maneira “torta”, aqueles que quiseram economizar na compra de um computador novo e receberam uma versão capenga desse SO, geralmente criada para “beliscar” o dinheiro disponível na época do projeto de difusão da informática implantado pelo Governo Federal (“Computador para Todos”).

Por sua vez, conhecem o Linux da maneira correta aqueles que realmente se interessam por informática e descobrem “distros” bem-feitas, bem-acabadas e, sobretudo, bem-conceituadas. Esses as instalam nos respectivos computadores para experimentar algo novo e dificilmente deixam esse “algo novo”.

9) Onde eu consigo o GNU/Linux?

Na internet, pois todas as “distros” têm nela sua base. Através da internet as “distros” disponibilizam imagens de CD ou DVD (arquivos “ISO”) que permitem a criação de discos de instalação ou utilização, já que o GNU/Linux dispõe do que costuma ser chamado de “Live CD”, que é uma maneira de rodar (utilizar) o SO a partir de um boot pelo drive óptico e sem tocar nos dados do disco rígido.

Se por algum motivo baixar uma imagem de CD ou DVD pela Internet estiver fora de questão, é possível comprar mídias de instalação em sites especializados ou não (no popular “Mercado Livre” se encontra), ou até mesmo requisitar gratuitamente uma, já que algumas “distros”, como o Ubuntu, as fornecem.

Finalmente, é costume que revistas que tratam do GNU/Linux ofereçam mídias de instalação. A mídia oferecida é, geralmente, a da “distro” analisada na edição.

10) Como eu instalo o GNU/Linux?

Há inúmeros guias de instalação na Internet, sendo que o processo, em si, é bastante simples, envolvendo um boot pela mídia de instalação, o particionamento do disco rígido (a etapa mais complicada se o usuário quiser manter o SO já instalado) e a resposta a algumas perguntas, como “nome do usuário”, “senha”, “idioma”, “tipo de teclado” e outras do gênero.

É claro que existem “distros” cuja instalação e uso são recomendados apenas a usuários avançados, mas a grande maioria admite a instalação e o uso por simples mortais, como eu e você.

Finalmente, sendo você um iniciante no mundo do GNU/Linux, prefira “distros” com larga base de usuários e fácil suporte em idioma que você domine.

11) Onde encontro drivers de hardware para meu computador rodar o GNU/Linux?

Você não encontra, já que o próprio SO encontra para você.

A grande maravilha do GNU/Linux é o reconhecimento do hardware já na instalação, perfeito na grande maioria dos casos. E isso quer dizer instalar e usar, pois tudo já deve estar reconhecido e funcionando.

Mas se algo não for reconhecido, entra em ação o enorme suporte comunitário disponível para as mais diversas distros e os mais diversos problemas que se pode encontrar na utilização do GNU/Linux.

12) Como instalo programas no GNU/Linux?

Programas ou aplicativos, em se tratando de GNU/Linux, são “pacotes”. E isso vem do conceito de juntar as partes que um programa precisa para funcionar num arquivo que sirva para pronta instalação. No GNU/Linux, dada a quantidade de “distros” disponíveis, temos também uma certa variedade de formatos de “pacotes”. Mas dois formatos se sobressaem: pacotes “RPM” e pacotes “DEB”, sendo os primeiros usados em distros baseadas em Red Hat (e no próprio) e os segundos em distros baseadas em Debian (e no próprio).

Assim como temos “pacotes”, temos “Gerenciadores de Pacotes”, a maioria deles programas gráficos que permitem pesquisar por aplicativos e instalar esses mesmos aplicativos com alguns poucos cliques.

Em suma, não é preciso virar a internet de cabeça para baixo procurando por um programa que faça isso ou aquilo, baixar esse mesmo programa, checando se ele vem de fonte confiável, e finalmente instalá-lo na máquina. Basta que seja aberto um “Gerenciador de Pacotes”, feita uma pesquisa rápida (por nome, seção ou tipo, função etc) e seja emitido um comando de instalação (um clique).

13) Como mantenho meu GNU/Linux atualizado?

Assim como há “Gerenciadores de Pacotes”, há também “Gerenciadores de Atualizações” na maioria das “distros”, especialmente naquelas ditas “amigáveis” (“user friendly”).

Eles funcionam como no Windows, ou seja, avisam o usuário da necessidade (questões de segurança) ou possibilidade de instalar pacotes (“software”).

14) Posso usar o GNU/Linux sem Internet?

Pode, mas não é recomendável.

O GNU/Linux é dependente da Internet para instalação de programas, correções e atualizações, sem falar em suporte, quase sempre exclusivamente comunitário.

15) Qual “distro” é recomendada para um iniciante e qual é a melhor?

Aquelas “user friendly”, dentre as quais Ubuntu, Linux Mint, Mandriva, OpenSuse e PCLinuxOS.

Há outras que se encaixam na mesma categoria (Fedora, por exemplo), sendo que a melhor de todas as “distros” GNU/Linux é aquela que vier a atender plenamente suas expectativas de usuário.

Experimente, portanto. Use várias antes de decidir qual é a sua preferida.

Fonte: Blog do casadopinduvoz

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