Comunicações criptografadas via HTTPS estão crescendo fortemente após mudanças no mecanismo de busca do Google

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Cresce o percentual de tráfego de internet que está se tornando criptografado e é mais difícil de interceptar, como apresentou os resultados o Google, no gráfico abaixo.

Claro que todo este aumento, desnecessário muitas vezes de ampliação de segurança de sites, tem ocorrido por um movimento “liderado” pelo próprio Google, que tem agido de forma a atrapalhar quem não adote a posição que ele aponta e entende ser o melhor para web. Uma rede completamente criptografada via protocolo HTTPS.

O protocolo HTTP não tem criptografia e ainda é muito utilizado. Isso significa que se alguém mal-intencionado estiver conectado na mesma rede que você, como em um Wi-Fi, pode interceptar tudo que você acessa e envia para um servidor usando esse protocolo desprotegido. Se você digitar uma senha num site sem HTTPS, ela pode ser roubada. Isso também pode acontecer em outros pontos do trajeto entre o seu dispositivo e o servidor, porém com um pouco mais de dificuldade.

O HTTPS, representado pelo cadeadinho verde na barra de endereço do seu navegador, cifra o tráfego entre seu dispositivo e o servidor de modo que é muito difícil descobrir o que está transitando por ali, mesmo se alguém estiver conectado na mesma rede que você.

O Google agiu no Chrome, um dos navegadores mais utilizados do mundo, de modo a alertar que todos os sites que não usem o HTTPS são considerados “Não seguros”. Os usuários comuns certamente se sentem inseguros ao utilizar o site, ainda mais por não conhecerem o real teor técnico da mensagem. Isto gera uma má experiência do usuário com a página pelo simples fato do alertar vim de seu navegador.

Da mesma forma, o Google alterou seu buscador de forma a privilegiar os sites que adotam o HTTPS em detrimento aos tradicionais HTTP.

Desta forma, a empresa “coagiu” empresas a adotarem o protocolo mais seguro, conforme interesse demonstrado pelo Google. Ações que “forçaram” a adoção do protocolo, tornando a navegação mais segura.

Estas medidas do Google entraram em vigor em 2016, e as mudanças já são notadas:

  • 64% do tráfego do Android já é protegido, em comparação com 42% registrados no ano anterior.
  • Mais de 75% do tráfego do Chrome no ChromeOS e no MacOS já são protegidos, em comparação aos 60% e 67% respectivamente no ano anterior.
  • 71 dos 100 maiores sites na web já usam o HTTPS como padrão, contra apenas 37 do ano passado
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